"Eu não possuo
o meu corpo - como posso eu possuir com ele? Eu não possuo a minha alma - como
posso possuir com ela? Não compreendo o meu espírito - como através dele
compreender?"
É com essa
chamada que apresentamos os heterônimos
de Fernando Pessoa, dando assim continuidade a idéia de chamar a atenção dos
alunos presentes no FACEBOOK para conhecer o grande escritor português Fernando
Pessoa, e todo seu universo.
Segue postagem :
"Quem pode se descrever com a mais fiel
clareza e certeza? Certamente ninguém, todos somos desassossegados ;o
ser humano por natureza é todo complexo!
Eu mesmo tenho em mim não somente mais de nome ; já
ouviu falar de Álvaro de
Campos ? E de Ricardo Reis ou Alberto Caeiro?
NÃO?!
Então vou te apresentar :
Álvaro de Campos era um
engenheiro português, de educação inglesa, que tinha sempre a sensação de ser
um estrangeiro em qualquer lugar que estivesse.
Campos foi o único heterônimo meu
a manifestar fases poéticas diferentes ao longo de minha obra. Primeiramente
começa como um decadentista, com uma visão pessimista do mundo, mas logo passa
para o futurismo. Ao passar por várias desilusões com a existência, assume uma
posição niilista, um sentimento de revolta, o inconformismo. Tabacaria é um dos
poemas mais conhecidos de Álvaro de Campos.
Ricardo Reis teve uma educação clássica num colégio
de jesuítas, formou-se em medicina e por ser monárquico, expatriou-se
espontaneamente no Brasil na seqüência da derrota da rebelião monárquica do
Porto. Podemos encontrar uma herança clássica em suas obras, através da
simetria, harmonia, e um certo bucolismo. Encontramos muitas alusões
mitologias, com uma linguagem culta e precisa, sem qualquer espontaneidade.
Caeiro, nascido em Lisboa, ao contrário de Ricardo
Reis, teria vivido quase toda a vida como camponês, apenas com uma instrução
primária. Após a morte dos pais, permaneceu em casa com uma tia-avó, levando
uma vida muito simples até sua morte, por tuberculose.
Conhecido como poeta-filósofo, acreditava que os
seres simplesmente são, e nada mais. Não acreditava em qualquer tipo de
simbologia para a vida.
Caeiro foi o único que não escrevia em prosa porque
segundo ele, somente a poesia seria capaz de dar conta de realidade.
E há quem diga ainda que tive em mim Bernardo
Soares , que foi um simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa.
Conheceu-me num pequeno restaurante onde me entregou seu livro, que mesmo
escrito em forma de fragmentos, é considerado uma das primeiras obras da ficção
portuguesa no século XX.
Muitos consideram Bernardo Soares como um
semi-heterônimo porque a personalidade, o raciocínio e a afetividade são os
mesmos que tenho.
E ai , curtiu? "
Bibliografia:
WIKIPEDIA.
Disponível em http:pt.wikipedia.org/ . Acesso em 30.03.2013
BRASIL ESCOLA. Disponível em
http:\\brasilescola.com. Acesso em 30.03.2013.
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