quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fernando Pessoa e seus eus



"Eu não possuo o meu corpo - como posso eu possuir com ele? Eu não possuo a minha alma - como posso possuir com ela? Não compreendo o meu espírito - como através dele compreender?"
 É com essa chamada que apresentamos os heterônimos de Fernando Pessoa, dando assim continuidade a idéia de chamar a atenção dos alunos presentes no FACEBOOK para conhecer o grande escritor português Fernando Pessoa, e todo seu universo.

 Segue postagem :

"Quem pode se descrever com a mais fiel clareza e certeza? Certamente ninguém, todos somos desassossegados ;o ser humano por natureza é todo  complexo!
Eu mesmo tenho em mim não somente mais de nome ; já ouviu falar de Álvaro de 
Campos ? E de Ricardo Reis  ou Alberto Caeiro?

NÃO?!

Então vou te apresentar :

Álvaro de Campos era um engenheiro português, de educação inglesa, que tinha sempre a sensação de ser um estrangeiro em qualquer lugar que estivesse.
Campos foi o único heterônimo meu a manifestar fases poéticas diferentes ao longo de minha obra. Primeiramente começa como um decadentista, com uma visão pessimista do mundo, mas logo passa para o futurismo. Ao passar por várias desilusões com a existência, assume uma posição niilista, um sentimento de revolta, o inconformismo. Tabacaria é um dos poemas mais conhecidos de Álvaro de Campos.

Ricardo Reis teve uma educação clássica num colégio de jesuítas, formou-se em medicina e por ser monárquico, expatriou-se espontaneamente no Brasil na seqüência da derrota da rebelião monárquica do Porto. Podemos encontrar uma herança clássica em suas obras, através da simetria, harmonia, e um certo bucolismo. Encontramos muitas alusões mitologias, com uma linguagem culta e precisa, sem qualquer espontaneidade.

Caeiro, nascido em Lisboa, ao contrário de Ricardo Reis, teria vivido quase toda a vida como camponês, apenas com uma instrução primária. Após a morte dos pais, permaneceu em casa com uma tia-avó, levando uma vida muito simples até sua morte, por tuberculose.
Conhecido como poeta-filósofo, acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais. Não acreditava em qualquer tipo de simbologia para a vida.
Caeiro foi o único que não escrevia em prosa porque segundo ele, somente a poesia seria capaz de dar conta de realidade.

E há quem diga ainda que tive em mim Bernardo Soares , que foi um simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Conheceu-me num pequeno restaurante onde me entregou seu livro, que mesmo escrito em forma de fragmentos, é considerado uma das primeiras obras da ficção portuguesa no século XX.
Muitos consideram Bernardo Soares como um semi-heterônimo porque a personalidade, o raciocínio e a afetividade são os mesmos que tenho.

E ai , curtiu?  "


Bibliografia:
 WIKIPEDIA. Disponível em http:pt.wikipedia.org/ . Acesso em 30.03.2013
 BRASIL ESCOLA. Disponível em http:\\brasilescola.com. Acesso em 30.03.2013.

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